Recuperação de amilase através do sistema de duas fases aquosa utilizando PEG 6000

Resumo

As amilases estão entre as enzimas de maior importância para a biotecnologia, encontrando demanda industrial crescente e destaca-se por suas aplicações na produção de pães, melhorando a cor e a maciez, e na produção de cervejas. Podem ser obtidas de diferentes fontes, incluindo plantas, animais e microrganismos. O milho (Zea mays) é um produto agrícola muito difundido no Brasil, comercializado in natura ou processado a baixo valor econômico. A maltagem deste cereal pode ser usada como uma fonte de enzimas hidrolíticas, as quais são requeridas em proporções importantes na produção de álcool para a indústria química, farmacêutica e de alimentos. Entre às técnicas tradicionais de extração líquido-líquido, o sistema de duas fases aquosa tem sido aplicado com sucesso na separação e purificação de biomoléculas, uma vez que apresentam alto rendimento e baixo custo, além de apresentar alto conteúdo de água em ambas as fases, minimizando a degradação das biomoléculas. Além disso, quando comparada com outras técnicas de recuperação, apresenta diversas vantagens, tais como: técnica rápida e contínua, altos rendimentos, reciclagem dos polímeros, minimização da desnaturação de proteínas e permite concentrar a proteína de interesse em uma das fases. A metodologia proposta se baseia na utilização do sistema de duas fases aquosa formada por PEG/água/Fosfato de Potássio, na determinação da atividade enzimática amilolítica pelo método de Okolo e análise dos resultados através do Programa Statistix Trial10. Os resultados da análise estatística demonstram que o modelo não apresenta falta de ajuste, sendo representado por um modelo linear, tendo como variável significativa o pH. O melhor resultado alcançado, para a recuperação em atividade enzimática da amilase, foi de 47%, obtido nos valores de PEG6000/Fosfato de Potássio na proporção de 15/15% (p/p), pH 7,0 e Concentração de Amilase 5%.