Produção de dihidroxiacetona a partir da glicerina residual da produção de biodiesel: uma visão teórica

Vitória Carolina Campos SABINO, Pedro Henrique Campos BELLATO, Daniela Defavari do NASCIMENTO, Gisele Gonçalves BORTOLETO

Resumo


A glicerina, ou glicerol, se apresenta como uma das substâncias químicas mais versáteis comercializada atualmente. Pode ser empregada nas indústrias farmacêuticas, alimentícias, de cosméticos, têxteis, celulósicas, indústria de tabaco, de tintas, lubrificantes, explosivos, entre outras. Em atendimento a essa grande demanda industrial, parte da glicerina hoje é produzida a partir de matérias primas fósseis, mas mais recentemente, pode-se considerar que grande parte da glicerina advém de processos industriais, como o de produção do biodiesel. Esses processos normalmente geram o produto, mas com grande quantidade de impureza e por isso, com baixo valor agregado.  Assim, o desenvolvimento de processos para converter esse glicerol de baixo valor em produtos de mais valorizados é uma excelente oportunidade para melhorar a viabilidade econômica para comercialização tanto da glicerina como do próprio biodiesel. Nesse contexto, destaca-se a molécula de 1,3-di-hidroxiacetona (DHA), potencial precursor na síntese de diferentes compostos químicos de grande interesse para as indústrias farmacêutica e de química fina, em particular, como agente bronzeador em produtos para bronzeamento artificial. A DHA pode ser sintetizada quimicamente e/ou bioquimicamente a partir do glicerol, de forma que o intuito do presente trabalho é apresentar aplicações relevantes da glicerina, no que se refere à produção de compostos de alto valor agregado, mais especificamente, para a produção industrial de DHA. Os estudos teóricos que envolvem a produção de DHA utilizando glicerina como substrato, por meio de rotas fermentativas, apontam soluções para se agregar valor ao produto. Vale salientar que os processos biotecnológicos envolvidos nessas conversões não requerem grandes investimentos industriais em energia para fornecimento de altas temperaturas ou pressão aos sistemas reacionais, o que de fato se mostra como uma oportunidade industrial para aproveitamento de glicerina para produção de DHA.


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