Moenda x Difusor: diferentes pontos de vista sobre o assunto

C. Nazato, D. F.C. Silva, S. C. U. Ferraz, M. N. C. Harder

Resumo


A extração do caldo de cana consiste no processo físico de separação da fibra (bagaço) do caldo propriamente dito, sendo executado fundamentalmente pela escolha de um dos processos vigentes: moagem ou difusão. Para se obter uma melhor extração (moagem) ou descolamento (difusão) do caldo é indispensável um bom preparo da cana e um método que facilite sua expulsão das fibras. A extração por moagem é um processo estritamente físico. A separação é feita por pressão mecânica dos rolos da moenda sobre o colchão de cana desfibrada. A liberação do caldo é conseguida através da passagem da cana entre dois rolos, submetida à determinadas pressões ao passar sucessivamente pelos vários ternos da moenda. Na difusão, o deslocamento do caldo depende da proporção de células rompidas e da possibilidade de acesso do líquido de extração destas células. O processo é realizado através de duas operações: a difusão (separação por osmose, relativa apenas às células não rompidas da cana) e a lixiviação (arraste pela água da sacarose e das impurezas contidas nas células abertas). O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão dos principais métodos de extração do caldo-de-cana atualmente empregado pelas indústrias.

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